Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A cosmovisão da sociedade para com o profissional intérprete e o seu papel na inclusão e cidadania.

Luciano Gomes 5º Período de Letras
Faculdade São Miguel
Disciplina: LIBRAS
Prof.ª Daniela Veras


A cosmovisão da sociedade para com o profissional intérprete e o seu papel na inclusão e cidadania.

Em vários países há tradutores e intérpretes de língua de sinais. Ao longo deste lento processo diacrônico (história da constituição deste profissional) originalmente surgiu de atividades voluntárias que foram sendo valorizadas enquanto atividade profissional na medida em que os surdos foram conquistando o seu exercício de cidadania. A participação de surdos nas discussões sociais representou e representa a chave para a profissionalização dos tradutores e intérpretes de língua de sinais.

            Outro elemento fundamental neste processo é o reconhecimento da língua de sinais em cada país. Na medida em que a língua de sinais do país passou a ser reconhecida enquanto língua de fato, os surdos passaram a ter garantias de acesso a ela enquanto direito linguístico. Assim, consequentemente, as instituições se viram obrigadas por decretos de lei a garantirem acessibilidade através do profissional intérprete de língua de sinais.

Entretanto, qual a cosmovisão da sociedade em geral para com este profissional? O Intérprete de LIBRAS tem recebido o devido valor por sua colaboração no processo de inclusão social? Ele tem exercido plenamente os seus direitos garantidos pelo poder público e goza de satisfação inefável em exercer suas funções como cidadão?

            Inicialmente, precisamos observar como o profissional intérprete é visto pela sociedade e não menos importante é a visão do poder público do mesmo. A primeira impressão que temos é que este nobre profissional ainda não tem sido ironicamente percebido aos olhos da sociedade e neste caso não estamos falando de deficientes visuais, mas de uma sociedade egocêntrica e hedonista preocupada apenas com seus interesses pessoais e pela busca frenética de seus prazeres.  

            Quanto à visão do poder público podemos afirmar com base na própria Lei nº 12.319 de 01 de Setembro de 2010 que regulamenta a profissão e o profissional reconhecidos que ela ainda é uma utopia. Podemos citar como exemplo positivo a iniciativa do estado do Rio Grande do Sul, que desde 1997 promoveu cursos de capacitação de profissionais intérpretes, mesmo antes de ela ter sido aprovada como lei:

[Em alguns estados brasileiros, surgiu a necessidade de regulamentar a atuação do profissional intérprete de língua de sinais. 0 estado do Rio Grande do Sul iniciou a capacitação de seus profissionais intérpretes em 1997 através de cursos certificados pela FENEIS/RS e pela UFRGS...]

                                                                           (MEC, 2004, p.41)

[Ao longo da atuação dos intérpretes neste estado, surgiu a necessidade de uma regulamentação para atuação dos intérpretes, uma vez que foram observadas restrições comuns que deveriam ser consideradas. A seguir, apresentar-se-á o regulamento para a atuação como tradutor e intérprete de língua de sinais elaborado pelos intérpretes de

língua de sinais do estado do Rio Grande do Sul. Vale ressaltar que o objetivo da apresentação do mesmo restringe-se a exposição da experiência deste trabalho com o intuito de contribuir para o desenvolvimento do profissional intérprete em outros estados brasileiros que não disponham de nenhum tipo de regulamentação.]

                                                                                           (MEC, 2004, p.41)

                Esta rara iniciativa do poder público ainda que no âmbito regional ainda é insuficiente para suprir a demanda recente de profissionais capacitados para exercer as suas funções. Ano após ano aumenta a carência destes profissionais que sem o reconhecimento de sua importante e porque não dizer; vital atuação no processo de ressocialização do deficiente auditivo. Aliado a isto salários injustos, raros incentivos, pouca valorização; tem sido fatores que contribuem ainda mais com a escassa procura nesta área de atuação:

[...] O Brasil é um dos países que menos paga aos seus professores. Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), apresentado, em Paris, durante as comemorações do Dia Internacional do Professor, realizado em 38 países, entre eles, o Brasil, revelou que um número cada vez menor de jovens está disposto a seguir a carreira do magistério. E uma das principais causas, senão a mais importante foi o baixo salário praticado. A pesquisa mostra ainda que, no Brasil, o salário médio de um professor em início de carreira é um dos mais baixos; precisamente, ele é o antepenúltimo da lista dos mais baixos entre os 38 países pesquisados.
                                                                                    

                                                                           (INEP/MEC, 2006, p.8)



            Como vemos o futuro do profissional intérprete? Não podemos esperar que um governo que sofre de miopia ou está com deficiência visual crônica quando olha para os projetos de políticas publicas voltada para o deficiente auditivo terá um futuro brilhante. Enquanto os incentivos, os cumprimentos das leis que regulamentam a profissão de intérprete de LIBRAS não saírem dos decretos discordamos veementemente da posição do MEC:

[O intérprete de língua de sinais no Brasil é um profissional com uma carreira promissora. Considerando as conquistas em nível legal, o contexto sócio-histórico e o momento político atual, pode-se projetar um futuro brilhante para os futuros profissionais desta área.]

                                                                                            (MEC, 2004, p.87)

            Vivemos uma realidade contrastante, as estatísticas mais realistas afirma que daqui a dez anos haverá escassez de professores na rede pública e privada, para que os futuros profissionais interpretes possam brilhar em suas carreiras se faz necessário rever alguns conceitos e prioridades educacionais.

Bibliografia:

O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC ; SEESP, 2004. 94 p. : il.
Relatório sobre Professores Atuando em Disciplinas Específicas e a Adequação de sua Formação Inicial para o exercício do Magistério, INEP/MEC, Brasília (DF) 2006.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Poema simbolista-Correspondência de Baudelaire


Curso de Letras – Faculdade são Miguel
Literatura Brasileira II
4º período – Prof. Ms Jefferson Souza
Karla Verônica

Fichamento do poema simbolista – Correspondências de Baudelaire
·         A característica marcante presente no poema correspondências de Baudelaire e ressaltado pela subjetividade, individualismo e misticismo rejeita a realidade e valorização do social, e atribuem um significativo simbólico as palavras que usa, e os personagens que criam.
·         Importância histórica da obra poética:
·         A obra poética de Baudelaire e muito significativa, e traduz uma mudança radical na poesia ocidental.
·         Herdeiro do romantismo negro de Edgar Allan Poe, é o último grande romântico francês, e ao mesmo tempo é o iniciador de uma nova sensibilidade baseada na experiência da vida urbana e na observação das ambivalências do mundo emotivo e imaginativo, opondo-se aos excessos sentimentos e retóricos do romantismo.
·         A obra mais importante de Baudelaire, “As flores do mal”, foi publicada e apreendida em 1857. Um livro com 52 poemas, proibido na França até 1924, por ser considerado um ultraje a moral pública. Durante este período vendeu milhares de exemplares.
·          O poema correspondências situa-se no inicio do livro, é o nº 04 da primeira parte, e deve ter sido escrito por volta de 1855, dois anos ates de ser publicado.
·         Em correspondências  , poema – teoria de Baudelaire, traça as principais linhas do que depois seria conhecido como simbolismo. A comunhão com a natureza vista como um templo: a floresta de símbolos que suscita união, harmonização do homem com essa natureza plena de sugestão, familiar, próxima, ligada em uma tenebrosa e profunda unidade. Esta ligação talvez seja o cerne para a compreensão do simbolismo: tudo é correspondência, tudo esta ligado, os sons as cores, as cores as imagens, as imagens ao tato, o tato ao paladar tudo o mais representado pela natureza. Um canto em uníssono emerge o simbolismo. Canto de êxtase do espírito e dos sentidos. 

Tradição X Contemporaneidade: Diferentes abordagens da aplicação da gramática em livros didáticos.



Faculdade São Miguel
Aluna: Vivianne Ditoso / 2ºperíodo
Professor: Cléber Ataíde / Linguística I

Tradição X Contemporaneidade: Diferentes abordagens da aplicação da gramática em livros didáticos.

Foram escolhidos dois assuntos de Sintaxe: Sujeito e Predicado para se fazer uma análise de como eles são abordados em livros didáticos da década de 90 e em livros contemporâneos.
Num livro da 7ª série do Ensino Fundamental do ano de 1995, encontra-se a seguinte abordagem: Sujeito é o ser do qual se diz alguma coisa. Acha-se o sujeito fazendo perguntas “quem” ou “o quê?”. Tirando-se o sujeito da oração, o restante é o predicado. Predicado é aquilo que afirmamos, declaramos ou negamos do sujeito.
Dando seguimento ao conteúdo, são apresentados e descritos os tipos de sujeito (determinado, simples, composto, oculto, indeterminado) e predicado (nominal e verbal).
Em analogia, um livro do 8º ano de 2007, aponta o mesmo significado para os assuntos, mas percebe-se diferença na metodologia de aplicação dos exercícios, pois na década anterior eram feitos de forma “descontextualizada ”.Exemplos:
Complete as orações, acrescentando um predicado ao sujeito.”
“Observe o modelo e coloque dois traços debaixo do sujeito e um debaixo do predicado.”
“Transforme o sujeito simples em composto.”
Enquanto atualmente dá-se prioridade a contextualização dos assuntos. Exemplos:
“Leia os anúncios abaixo e identifique o pronome que funciona como sujeito do verbo prometo.”
Suponha que a personagem do 2º quadrinho,em vez de dizer achei,dissesse “acharam o espetáculo maravilhoso”. Nessa situação, seria possível determinar o sujeito da oração?”
“Leia um trecho de uma reportagem e retire três orações com predicado nominal.”
Foram poucas as mudanças no ensino gramatical.A forma estruturalista foi sempre marcante,mas nas duas últimas décadas houve uma preocupação maior com a variação lingüística e com a abordagem teórica.Os estudos de texto vêm favorecendo as propostas de aplicações de conteúdos ,verificando de que maneira uma ou outra escolha interfere na construção de sentidos,entretanto,essa prática encontra mais reação por parte dos profissionais devido a dificuldade na compreensão dessa modificação no ensino da Língua Portuguesa.

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Referências bibliográficas

Douglas Tufano-Estudos de Língua Portuguesa-Gramática, 3ª edição, editora Moderna, 1995.
Luiz Antonio Sacconi-Gramática essencial ilustrada,18ª edição,editora Atual,1999.
Magda Soares- Português através de textos, 3ª edição,editora Moderna,1995.
William Roberto Cereja e Teresa Cochar Magalhães-Português: linguagens, editora Atual, 2003.
Obra coletiva-Português:Projeto Araribá,2ª edição,,editora Moderna,2007.

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Curso de Letras- Faculdade São Miguel
LITERATURA BRASILEIRA III
5º período – Prof. Felipe Aguiar
Aluno : Alexsandro Marcolino da Silva
2012.1


Falando  de “Literatura e Sociedade”  há uma necessidade de voltar ao ano de 1959, ano que vinha à tona as publicações nacionais do livro “Formação da Literatura Brasileira”, desenvolvido pelo professor Antonio Candido sobre as principais obras e autores do Arcadismo e Romantismo. Nesse livro, o crítico explica seu sistema literário, mais especificamente a tríade formada por autor-obra-público, porem não vem ao caso mencionar especificamente essa obra.
    Em 1965, com “Literatura e Sociedade”, o autor retoma o seu sistema e salienta a importância do ambiente na tríade (autor-obra-público). Candido fala do valor da interpretação social de obras literárias, ressaltando que essa interpretação social não deve anular a interpretação estética, isto é, o externo (meio) não deve sobressair-se ao interno (a obra em si).
     Ainda em “Literatura e Sociedade”, o crítico retoma o Arcadismo e o Romantismo (séculos XVIII e XIX), todavia vai além; detalha os autores, as obras, todos de relevante importância de nossa literatura, até a geração de 45 (século XX). Questionamentos sobre nossa formação literária e nossa independência são expostos no estudo. Para Candido, é no Arcadismo que começa a produção literária nacional. Segundo ele, antes só tínhamos apontamentos de literatura não literatura de natureza concreta. É com os árcades que as coisas da terra, as descrições, a cor, o local começam a surgir em nossa literatura. Mas não é só isso, há também um interesse em contar nossa história. Exemplos disso são as poesias épicas “O Caramuru”, de Santa Rita Durão e “O Uraguai”, de Basílio da Gama, dois autores admirados pelos românticos , que enxergam neles a possibilidade de continuação do tema nacional. Já na primeira metade do século XX, os modernistas são de grande importância pelo vasto trabalho de pesquisa folclórica, por apresentarem maior liberdade na escrita poética e ficcional e, principalmente, por serem um “portão de acesso” literário às futuras gerações, especificamente a de 45.
    Em resumo, Candido aponta três fases de culminância literária: a árcade, a romântica e a modernista. A primeira por iniciar a literatura de maneira nacional, a segunda por dar continuidade e a terceira pela dissolução, pela despreocupação de se parecer com Portugal.

Curso de Letras – Faculdade são Miguel
Literatura Brasileira II
4º período – Prof. Ms Jefferson Souza
Karla Verônica e Avani Maria
Fichamento do poema simbolista – Correspondências de Baudelaire
* A característica marcante presente no poema correspondências de Baudelaire e ressaltado pela subjetividade, individualismo e misticismo rejeita a realidade e valorização do social, e atribuem um significativo simbólico as palavras que usa, e os personagens que criam.
* Importância histórica da obra poética:
* A obra poética de Baudelaire e muito significativa, e traduz uma mudança radical na poesia ocidental.
* Herdeiro do romantismo negro de Edgar Allan Poe, é o último grande romântico francês, e ao mesmo tempo é o iniciador de uma nova sensibilidade baseada na experiência da vida urbana e na observação das ambivalências do mundo emotivo e imaginativo, opondo-se aos excessos sentimentos e retóricos do romantismo.
* A obra mais importante de Baudelaire, “As flores do mal”, foi publicada e apreendida em 1857. Um livro com 52 poemas, proibido na França até 1924, por ser considerado um ultraje a moral pública. Durante este período vendeu milhares de exemplares.
* O poema correspondências situa-se no inicio do livro, é o nº 04 da primeira parte, e deve ter sido escrito por volta de 1855, dois anos ates de ser publicado.
* Em correspondências , poema – teoria de Baudelaire, traça as principais linhas do que depois seria conhecido como simbolismo. A comunhão com a natureza vista como um templo: a floresta de símbolos que suscita união, harmonização do homem com essa natureza plena de sugestão, familiar, próxima, ligada em uma tenebrosa e profunda unidade. Esta ligação talvez seja o cerne para a compreensão do simbolismo: tudo é correspondência, tudo esta ligado, os sons as cores, as cores as imagens, as imagens ao tato, o tato ao paladar tudo o mais representado pela natureza. Um canto em uníssono emerge o simbolismo. Canto de êxtase do espírito e dos sentidos.

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE FORMALISMO E FUNCIONALISMO


De acordo com as informações lidas de materiais didáticos, abaixo se encontra um texto em que é feita a comparação entre dois tipos de movimentos lingüísticos: o formalismo e funcionalismo.
A visão formalista se enfatiza no modo de como a língua está ligada a parte estrutural e não ao contexto (do uso pelos modos de comunicação). O estudo da Sintaxe é observado pelos formalistas como um objeto autônomo, que não nasce da necessidade de comunicação, mas com questões internas ligadas ao sistema lingüístico ou da possibilidade de sua variação lingüística. Então se pode entender que para o estudo da sintaxe, os formalistas propõem que existem “os sintagmas e esses estão classificados em nominais e verbais e que devem obedecer a uma hierarquia de conceito, em que o primeiro é o sintagma verbal (SV) e que dentro dele é verificada a existência do sintagma nominal (SN), e que respectivamente ocupam papéis de núcleos do sujeito (V°), do especificador e do seu complemento” (Chomsky, 1998; 216).
Porém na visão funcionalista a abordagem de estudo é totalmente diferente, pois é verificado que o sistema de linguagem é não-autonômo, porque necessita de comunicação entre membros daquela comunidade envolvida, e que o falante sempre está imposto as suas próprias limitações de aquisição e no processamento do conhecimento. Já no estudo da sintaxe pelos funcionalistas é proposto a existência dos sintagmas como alternativas de ordenação, por isso não é preciso o respeito da hierarquia, pois ocorre a existência de várias construções “como a existência do predicado e dos seus termos de significação dentro de uma formulação de oração” (Hetzron, 1975; 232) e que tanto o falante como o ouvinte interpretam e correlacionam em suas próprias estruturas.
Portanto é verificado que todas as duas teorias têm teses centrada nos estudos da língua (langue), da fala (parole) e da sintaxe e que cada uma distintamente se caracteriza por funções e organizações diferenciadas no estudo da Teoria da Língua.
Elaborado pelo aluno José Kleibson da Silva-5° Período-Letras-Faculdade São Miguel

Discussão sobre a Lei de Libras Por Gabriela F.Silva


Aluna: Gabriela F.Silva
 Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
De acordo com legislação baseada na igualdade social e no tema “educação para todos”, é que se discute a escolarização dos alunos surdos, é um acordo assumido pelo Brasil na luta contra a exclusão de toda e qualquer pessoa na norma educacional de ensino.
Encontram-se muitos obstáculos, principalmente no propósito da educação inclusiva para que acate as necessidades de cada aluno portador de deficiência auditiva, no entanto para que tenha uma verdadeira inclusão, é preciso que os professores igualmente tenham apoio dos familiares, gerando a acessibilidade do portador de deficiência, mesmo em classe de ensino regular para que possa adquirir incentiva a autonomia.
 Atualmente o ensino de libras está sendo reconhecido como uma porta necessária para que haja mudanças nas condições oferecidas pelas escolas na consideração escolar desses alunos, por ser uma língua viva, produto de interação das pessoas que se comunicam. Essa língua é um elemento ativo para a comunicação e fortalecimento da identidade Surda em todo o Brasil e, deste modo, a escola não pode desconhecer a técnica de ensino e aprendizagem.

RESSOCIOALIZAÇÃO ATRAVES DA EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL FEMININO Por F abiana Costa


RESSOCIOALIZAÇÃO ATRAVES DA EDUCAÇÃO NO SISTEMA PRISIONAL FEMININO
                 Através de pesquisas que abordam o tema da ressocialização pela educação no sistema prisional, podemos observar que muitas mulheres vivem em precariedade durante sua infância e não tem oportunidade de terem uma vida digna. Pois hoje, em pleno Século XXI, uma grande parte da população brasileira vive em comunidades com poucos recursos. Com isso, essas mulheres são privadas de alguns de seus direitos constitucionais básicos, tais como: saúde, educação, trabalho e lazer. Assim sendo, casam e constroem família, procurando com isso, melhorar de vida. Porém, a falta de estrutura familiar e capacitação as impede de atingir tal objetivo, pois muitas vezes, elas se envolvem com homens que estão envolvidos no mundo da criminalidade, e quando estes são recolhidos à prisão, não restam alternativas, a não ser assumirem os negócios ilegais do marido, para poderem sustentar suas famílias. Como consequência, em decorrência dos delitos que cometem, é só uma questão de tempo para que essas mulheres acabem sendo recolhidas ao presídio feminino.
                 Outro caso bastante recorrente diz respeito às mulheres que constantemente sofrem agressões, sejam físicas ou verbais, dos companheiros. E quando eles passam a agredir os filhos, essas mulheres tomam a frente e acabam por cometerem os delitos de lesão corporal ou homicídio contra seus cônjuges. Tais atos conduzem-nas também ao cárcere. Quando chega ao presidio é recebida por agente que à leva para uma cela chamada de espera que é uma triagem para o conviveu que passam por dez a doze dias no caminha elas são chamadas de água na sopa sem saber o que é água na sopa. Elas ficam assustadas com tudo aquilo. Entram sem saber de nada e quando vai ser sua vida de agora por diante, muitas entram em depressão sentindo falta dos filhos que já não pode vê-los, mas está perto e começa a si perguntar que dia vão vê-los? Sem saber que só isso vai acontecer depois da triagem. Elas são chamadas pra ir com outra detenta (que trabalha dentro do sistema prisional) ao setor penal pra fazer sua ficha criminal. A partir daí ela vão ter um portuário de identificação, depois elas são levadas por outra presa à assistente social que entra em contato com suas famílias, a qual fala o dia que vai e quando vão poder visitá-la. Passando os dias, elas são distribuídas em celas onde já podem receber aos domingos suas famílias e reverem seus filhos, seus familiares sem recessos nenhum e sem informação não sabe como ajuda-las.
Elas procuram algumas ajudas baseadas nos recursos que lá dentro como trabalho com isso vão poder sustentar seus filhos ver que pela primeira vez ela com isso elas arumã um trabalho lá dentro e ajuda sua família sem saber que com isso elas vão ganha remissão e com isso elas vão passando o tempo despois de descobrir o que é remissão procura estudar ai passa menos tempo lá com isso elas vão se qualificado                                                                               
                 A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSDH), por meio da Executiva de Ressocialização (Seres), realiza qualificação profissional na área de costura industrial voltada à população carcerária. As aulas são formadas por uma turma, futuramente, todas as unidades prisionais do Estado serão beneficiadas. “Estamos trabalhando em busca de oferecer mais vagas, dando condições para que mais reeducando possam aprender uma profissão”.
Postado por Fabiana Costa

sábado, 16 de junho de 2012

COMPARATIVO ENTRE FORMALISMO E FUNCIONALISMO




            A visão formalista estuda as características internas a língua, preocupando-se com questões relacionadas à estrutura lingüística e deixando de lado as relações entre a teoria da linguagem e seu uso. De acordo, com o pensamento formalista a língua é um sistema de conhecimentos interiorizados na mente humana, ou seja, a língua é inata.

         Adotando este princípio, Chomsky define um programa de investigação de análise linguística dedicando-se inicialmente às propriedades estruturais, em que são postuladas regras sem a preocupação de explicá-las e sim, evidenciá-las quanto a sua ocorrência. Apesar de reconhecer a importância das relações entre o significado e o seu uso contextualizado, Chomsky acredita “que é melhor estudá-los posteriormente ao estudo da estrutura da língua” (DILLINGER, 1991).

         Já a corrente do funcionalismo dedica-se ao estudo da língua quanto às relações de modalidades de interação social, enfatizando o contexto social na compreensão da natureza das línguas. Esta corrente da linguagem não nega a importância da estrutura linguística, mas, focaliza seu estudo na funcionalidade da língua, ou seja, na variação linguística em situação comunicativa.

         De um modo geral, ambos abordam o mesmo tema, mas sob perspectivas diferentes. Enquanto o formalismo entende que a estrutura determina seu uso, o funcionalismo defende o inverso. Porém, cada área de estudo faz uma contribuição importante complementando-se entre si.
 

REFERÊNCIA

DILLINGER, M. Forma e função na linguística, Revista Delta, 1991, p. 395 a 406.

TEXTO ELABORADO POR CHERLA PATRÍCIA

“A Metamorfose do olhar de Alberto Caeiro” de Edson Tavares


O texto escrito pelo pesquisador Edson Tavares faz uma menção a um dos heteronôminos do escritor português Fernando Pessoa. Ao escrever suas obras Fernando Pessoa acabava utilizando de um recurso para designar suas fases de vida, a cada poema escrito, as emoções e sentimentos até então ali assinados, tinham traços referentes a cada um desses nomes: Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Sendo que o mais importante para o momento desse texto será o Alberto Caeiro.
Diferentemente de Pessoa, Caeiro tem no seu olhar para o mundo uma persistência, sem ter que buscar sentidos ocultos, enfatizando como importante o contato material com as coisas, ou seja, do homem com a natureza. Enquanto o seu próprio criador Pessoa buscava uma realidade oculta, de se perder nesse meio e não ter mais volta, com sentimento de angústia, Caeiro via como leveza essa realidade oculta e a tornava um meio perceptível¹, de fazer o prendimento ou agarramento do leitor com seus versos de uma forma bem leve e nítida.
Portanto para Caeiro sensações peirceana²: como a cor, o movimento e o perfume captados pelos órgãos dos sentidos, adquirem formas próprias e acabam desgrudando-se dos meios reais, “os objetos”, dados como exemplos em seus poemas, as borboletas e as flores. É por essas sensações que começam um olhar para a vida de modo simples, com certa maturidade e espontaneidade, fazendo a identificação de um Fernando Pessoa em busca de respostas para seus questionamentos.
 
1. Perceptível: Segundo Anastácio (1997) significa conhecer objetos, relações e situações por meio dos sentidos.
2. Peirceana: Segundo Charles Sanders Peirce, tem a Primeiridade como a primeira categoria, referente ao momento inicial do olhar sobre a qualidade do objeto.


Elaborado por José Kleibson da Silva-5° Período-Letras-Faculdade São Miguel 

A Figura da Mulher como Bruxa e Feiteceira nas Novelas de Cavalarias


1. A mulher no medievo.
O papel da mulher não esteve, ao longo da história, necessariamente em crescente evolução, como muitas vezes se avalia. O que é de conhecimento geral, a partir da criação do Ocidente, principalmente a partir da Cristianização instituída como Igreja Católica, é o estigma fundamentado no domínio patriarcalista da sociedade medieval. Mas há que se compreender que este fato, praticamente oficializado durante o império de Carlos Magno, não corresponde a uma progressão do que antes a mulher vivia na Idade Antiga. As culturas de diferentes povos e tribos, que se situavam em localidades, muitas vezes, longínquas umas das outras, permitiam o desenvolvimento social em direções as mais variadas e em posições distintas, conforme a herança étnica e as tradições cultuadas.
Culturalmente, outros povos (os celtas, por exemplo) consideraram a mulher como represente do Bem. Não foi, no entanto, a única postura diante do elemento feminino e a imagem da Deusa como companheira eterna do Criador. Há registros de outras culturas antigas que, igualmente, delegavam à mulher uma posição de destaque nas atividades em sociedade e em família, estando esta imagem ligada ou não à divindade. Nem sempre o aspecto religioso foi determinante. A capacidade física aparentemente frágil e compleição robusta, ao mesmo tempo, unidas à capacidade geradora de vidas e da reprodução foram fatores de admiração, respeito e até mesmo temor por parte dos homens, em muitas sociedades.

1.1 Matrimônio.
As estratégias matrimoniais tinham por função organizar e controlar as relações sociais. O casamento, sobretudo, não mais era do que um pacto entre duas famílias. A mulher exercia uma passividade esperada pela sociedade: era sua principal virtude. Entretanto, poucas mulheres da aristocracia esquivaram-se dessa sujeição. Algumas damas do século XII e XIII pagaram ao rei somas grandiosas de suas fortunas em troca da escolha de um novo casamento. Os dotes poderiam chegar a valores altíssimos e isso não constituía vantagem para a família da moça, pois instigava uma disputa considerável por parte dos rapazes, o que representava uma ameaça aos bens de família. Devido a esta situação, muitos pais decidiam enviar suas filhas aos conventos, condenando-as a se  tornarem “esposas de Cristo”. Nesta época registrou-se um aumento de estabelecimentos religiosos, em atendimento à estratégia de proteção ao patrimônio familiar. Muitas vezes era menos dispendiosa a união com Deus do que a conjunção matrimonial. Macedo (1990) conclui que o destino das mulheres aristocratas esteve completamente vinculado aos processos de transmissão de bens materiais e econômicos.
Uma vez escolhido o casamento como destino da mulher, é notório como as formas de poder feudo-vassálicas se projetavam na relação conjugal. Amor, afeto e carinho eram manifestações pouco comuns nessas uniões. Segundo Macedo (1990) “a concepção ético-social do amor não se identificava com os compromissos e juramentos constantes nessa forma de casamento” (p. 16). A mulher dirigia-se ao esposo como seu “senhor”, denotando assim a transposição da vassalagem, do amplo domínio feudal, para o restringido meio doméstico.

2. Dualidade da mulher.
A concepção de perfeição da mulher esteve intrinsecamente associada ao culto à Virgem Maria. Entretanto, a popularidade da Virgem não aconteceu ao mesmo tempo da criação da Igreja Católica; desenvolveu-se ao longo da Alta Idade Média e afirmou-se entre os cristãos. No século V, mais precisamente em 431, o Concílio de Éfeso proclamou a imagem de Maria como Mãe de Deus, anulando a imagem anterior de Mãe de Cristo. A inserção e aceitação de seu culto sofreram uma longa evolução, estabelecendo-se, fortemente, por volta do século XI.
A Virgem Maria, no século XII, por meio de Santo Anselmo e de Abelardo, foi celebrada com grande alegria, ao revestir-se do símbolo da redenção feminina, contrariamente à figura de Eva, considerada pecadora. Assim, apreciada a “nova Eva”, trazia o rótulo da pureza, da castidade, da grandeza de alma e de coração, resumindo-se em santidade sua imagem. As mulheres foram, então, extremamente consoladas ao receberem um modelo oposto à primeira Eva, responsável pela perdição de todo o sexo feminino. Sendo assim, o culto marial alcançou enorme popularidade, aparecendo em vários sermões, tratados e poemas feitos em louvor à Virgem.
3. A mulher e a figura de bruxa e feiticeira.

A igreja criou uma moral social, onde prostitutas, cafetões, mendigos, etc. estiveram à margem da sociedade, assim como portadores de deficiências físicas e doenças contagiosas. Eram marginalizadas também mulheres conhecedoras de ervas medicinais, benzeduras e simpatias contra fatos indesejáveis, tidas como bruxas e feiticeiras.
É a partir do século XIV que a mulher recebe o estigma maligno de bruxa. As feiticeiras passaram a ser vistas como servidoras do demônio e o estudo desta “religião” ou culto demoníaco passou a ser objeto de interesse de muitos homens do clero, tornando-o, muito mais do que uma ameaça social, um ataque às forças representadas pela Igreja e por seus membros. A perseguição às mulheres e homens ligados às práticas mágicas começou a tomar forma e, é importante salientar que não somente a Igreja teve grande participação neste processo, mas também os juízes seculares e o próprio povo, que dominado pelo temor à ira de Deus e pela idéia pavorosa do Inferno, muito contribuiu na denúncia, busca e apreensão de supostos criminosos.
As atividades comuns da feiticeira envolvem a utilização de ervas e ungüentos, preparados especiais para diversas enfermidades, principalmente àquelas advindas do coração, sempre necessitadas de orientação psicológica. Dessas atividades resultavam conhecimentos positivos que foram transmitidos da feiticeira greco-romana à sua primeira correspondente ocidental: a feiticeira medieval. Durante a Idade Média, devido ao conceito mental impresso às práticas mágicas, a feitiçaria ficou relegada unicamente ao domínio do Mal.
Um outro aspecto importante a declarar é a necessidade que os homens da Idade Média tinham da existência e presença da feiticeira: ela era como uma terapeuta de males físicos e sociais. Toda a sociedade buscava seus auxílios, desde os mais pobres aos mais abastados e até mesmo a nobreza. Sua atuação em uma aldeia chegava às terras mais distantes e a fama lhe trazia clientes. Portanto, Nogueira (2004) destaca que a consciência medieval retoma da Antigüidade Clássica a ação benéfica da magia, que, por sua vez, fundamenta a existência da boa feiticeira. Esta, na visão popular, utilizava seus conhecimentos oriundos de séculos de práticas acumuladas de feitiçaria para amenizar ou curar enfermidades.
Nogueira (2004) defende a idéia de que a bruxaria, ao contrário da feitiçaria, foi uma prática mágica rural e de caráter coletivo, assumindo no imaginário de uma comunidade um papel bem mais passivo do que a feitiçaria, uma vez que dependia do juízo e da deliberação das próprias pessoas de uma coletividade mesmo para existir. O autor salienta ainda que essas distinções recebem maior ou menor aceitação entre estudiosos de vários segmentos, como a História, a Filosofia e a Antropologia, também tocando nos conceitos da Sociologia. Assim, cita Evans-Pritchard, autor da obra Witchcraft, oracles and magic among the Azande, que tornou clássica para os antropólogos uma distinção entre a feitiçaria e a bruxaria: para Pritchard, a bruxa não necessita de rituais, não pronuncia encantamentos e não utiliza poções ou filtros mágicos; ela se constitui numa ofensa imaginária, isto é, um ato psíquico. As feiticeiras, estas sim causam danos aos homens através de seus rituais e atos maléficos mágicos que ultrapassam a margem do psíquico e alcançam a materialidade em seus resultados.
Elaborado pelo aluno José Kleibson da Silva- 5° Período de Letras da Faculdade São Miguel