O valor do interprete de Libras (Língua
Brasileira de Sinais)
O bilingüismo surgiu como alternativa no processo educacional dos
deficientes surdo-mudo, visando à melhoria e também a inclusão destas pessoas
no meio em que vive. O interprete tem a função de transcrever a língua de seu
país de origem (oral e/ou escrita) em língua de sinais, sem que uma interfira
ou prejudique a outra, por isso se faz necessário o interprete de libras em
sala de aula.
O
profissional que domina as duas línguas, a língua falada por seu país e a
língua de sinais tem que desempenhar a função de interprete. No Brasil Ele deve
dominar a Língua Portuguesa (oral e/ou escrita) e a Libras (Língua Brasileira
de Sinas). O interprete pode dominar outras línguas como o inglês, espanhol,
francês, a língua de sinais americana e fazer a interpretação para a língua
brasileira de sinais ou vice-versa, como nas conferências internacionais. Além
do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e interpretação, o
profissional precisa ter uma qualificação especifica para atuar como tal. Isso
significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de
tradução e interpretação, o profissional interprete também deve ter formação
especifica na área de atuação (por exemplo, a área de educação.) Para Quadros
(2004) o interprete de libras. (pág. 27)
O aluno surdo que é regular na escola marca a presença de outra língua em
sala de aula, dessa maneira podemos dizer que a circulação de outra língua na
escola mostra o forte impacto do bilinguismo, uma situação atribuída a pluralidade
de identidades entendidas como condição humana. Diante da concepção dos
profissionais dentro da perspectiva histórica que na ultima década do século
XX, aliado a outros movimentos que já haviam sido iniciados, por ocasião da
adoção da proposta bilíngue surge com força à presença do interprete da língua
de sinais, que até pouco tempo não era considerado como profissional, ou seja,
não era remunerado em qualquer situação, nem se creditavam a ele nenhum mérito
no desenvolvimento do surdo.
Cristiane da Paixão.
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