Alunos do 5º Período do Curso de Letras Da Faculdade São MIguel

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Resenha A Língua de Eulália


A obra de Marcos Bagno, A Língua de Eulália, é uma novela sociolingüística publicada no ano de 1997 e retrata através da personagem principal, a empregada Eulália, a forma de o brasileiro falar o português.
         A história começa numa simples visita de Vera, 21 anos, estudante de Letras; Silvia, mesma idade, estudante de Psicologia e Emília, 19 anos, estuda Pedagogia, à casa da tia de Vera, Irene, na cidade paulista de Atibaia, para curtirem alguns dias de férias de inverno.
         Após o almoço elas acham engraçado o modo de falar da empregada, e são através desses diálogos do começo ao final do livro que o leitor percebe as observações e discussões sobre as diferentes formas de pronúncia da tal empregada Eulália e que não pode ser consideradas tais pronúncias como “erradas”, pois nós brasileiros se fizermos uma comparação pode-se ser analisada que não compreendemos o português do século XII e nem do português falado em Portugal.
         Nisso ela acaba explicando que ocorre por conta das variações lingüísticas, referentes às diversas regiões, provenientes de sotaques ou de características próprias do falante, além da parte fonética (relacionada ao som), lexicais (sobre o vocabulário) e semânticas (sobre o sentido das palavras).
         Pode também ser notada a afirmação de que a língua varia e muda. Muda com o tempo (diacrônica) e varia no espaço (diatópica). Muda com o tempo, pois a língua que falamos hoje no Brasil não é a mesma do início da colonização. E é por isso que não existe a língua portuguesa: o que existe é a norma-padrão, que é aquele modelo ideal de língua que deve ser usado pelas autoridades, pelos órgãos oficiais, pelas pessoas cultas, pelos escritores e jornalistas, aquela que deve ser ensinada e aprendida na escola.
         Portanto, o autor se preocupa com essa obra na transmissão de que por mais estranhas que sejam as pronúncias, jamais devemos ignorá-la porque elas possuem também suas raízes históricas da língua.

Elaborado pelo aluno José Kleibson-Letras-Faculdade São Miguel

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