A obra de Marcos
Bagno, A Língua de Eulália, é uma
novela sociolingüística publicada no ano de 1997 e retrata através da
personagem principal, a empregada Eulália, a forma de o brasileiro falar o
português.
A história começa numa simples visita
de Vera, 21 anos, estudante de Letras; Silvia, mesma idade, estudante de
Psicologia e Emília, 19 anos, estuda Pedagogia, à casa da tia de Vera, Irene,
na cidade paulista de Atibaia, para curtirem alguns dias de férias de inverno.
Após o almoço elas acham engraçado o
modo de falar da empregada, e são através desses diálogos do começo ao final do
livro que o leitor percebe as observações e discussões sobre as diferentes
formas de pronúncia da tal empregada Eulália e que não pode ser consideradas
tais pronúncias como “erradas”, pois nós brasileiros se fizermos uma comparação
pode-se ser analisada que não compreendemos o português do século XII e nem do
português falado em Portugal.
Nisso ela acaba explicando que ocorre
por conta das variações lingüísticas, referentes às diversas regiões,
provenientes de sotaques ou de características próprias do falante, além da
parte fonética (relacionada ao som), lexicais (sobre o vocabulário) e semânticas (sobre o sentido das
palavras).
Pode também ser notada a afirmação de
que a língua varia e muda. Muda com o tempo (diacrônica)
e varia no espaço (diatópica). Muda
com o tempo, pois a língua que falamos hoje no Brasil não é a mesma do início
da colonização. E é por isso que não existe a língua portuguesa: o que existe é
a norma-padrão, que é aquele modelo ideal de língua que deve ser usado pelas
autoridades, pelos órgãos oficiais, pelas pessoas cultas, pelos escritores e
jornalistas, aquela que deve ser ensinada e aprendida na escola.
Portanto, o autor se preocupa com essa
obra na transmissão de que por mais estranhas que sejam as pronúncias, jamais
devemos ignorá-la porque elas possuem também suas raízes históricas da língua.
Elaborado pelo aluno José Kleibson-Letras-Faculdade São Miguel
Nenhum comentário:
Postar um comentário